segunda-feira, 13 de julho de 2009

Fugindo das Vozes Max Lucado

Você deseja ter sucesso? Aqui está seu modelo. Deseja obter realizações na vida? Aqui está o protótipo. Quer estar sob os holofotes, sob a atenção da imprensa, deseja bajulação? Considere o artigo principal na primeira página do maior jornal diário dos Estados Unidos.
Era uma caricatura da "Miss América". A informação "vital" das 51 participantes foi compilada a fim de apresentar a mulher perfeita. Ela tinha cabelos e olhos castanhos, sabia cantar e tinha medidas perfeitas: 90-60-90. Era ideal para ser a Miss América.
A mensagem é ostentada na página: "Esse é o padrão para a mulher americana". A implicação é clara: faça o que for preciso para ficar como ela, enrijeça as pernas, torneie suas coxas, ajeite o cabelo, melhore a maneira como anda.
Nenhuma referência é feita em relação às suas convicções, à sua honestidade ou ao seu Deus. Mas, com certeza, disseram a você o tamanho do quadril dela.
Numa fotografia pequena, 10 centímetros para a esquerda, está outra mulher, com o rosto fino, pele enrugada, parecendo um pedaço de couro. Sem nenhuma maquiagem, pó ou batom. Leva um sorriso débil nos lábios e um lampejo no olhar. Parece pálida, talvez seja minha imaginação ou talvez seja verdade. A notícia diz: "Madre Teresa: em estado grave".[1]
Você conhece a história de Madre Teresa. Quando ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 1985, ela doou os 200 mil dólares para os pobres de Calcutá; quando um empresário lhe comprou um carro novo,
ela o vendeu e deu o dinheiro para os menos privilegiados. Não ganhou nada e não possuiu nada.
Duas mulheres: Miss América e Madre Teresa. Uma caminha pela passarela; a outra trabalhava em becos. Duas vozes: uma promete coroas, flores e multidões; a outra serviço, redenção e alegria.
Não tenho nada contra modelos bonitas, embora eu tenha algumas reservas sobre elas, mas tenho algo contra as vozes mentirosas que atordoam nosso mundo.
Você já as ouviu. Elas dizem para trocar sua integridade por uma nova liquidação, barganhar suas convicções por um acordo fácil, trocar a devoção por uma emoção rápida.
Elas sussurram, insistem, escarnecem, atormentam, tentam conquistar, elogiam:
— Tudo bem, vá em frente!
— Espere até amanhã.
— Não se preocupe, ninguém vai saber.
— Como pode algo tão bom ser tão ruim?
As vozes da multidão.
Nossas vidas são a Wall Street do caos, são as bolsas de valores dos muitos pedidos enlouquecidos. Homens e mulheres adultos vociferam num esforço frenético de conquistar tudo o que podem antes que o tempo se acabe. Compre, venda, comercialize, troque, faça qualquer coisa, mas faça rápido e para que todos possam ver.
Um carnaval de ternos cinzas flanelados onde ninguém sorri, mas todos fazem suas investidas.
Um coral infindável de vozes explosivas: algumas oferecendo, outras tomando para si e todas gritando.
O que fazemos com essas vozes?
Enquanto trabalho neste manuscrito, estou usando uma escrivaninha no quarto do hotel. Estou longe de casa, longe das pessoas que me conhecem, longe dos membros da família que me amam.
As vozes que encorajam e afirmam estão distantes.
Porém, as vozes que atormentam e seduzem estão muito próximas. Embora no quarto esteja tudo quieto, se eu escutar, essas vozes são bem claras. Um folheto no criado-mudo me convida para um passeio no saguão do hotel, onde posso "fazer novos amigos em um ambiente relaxante". Uma propaganda no topo da televisão promete que o pedido de um filme pay-per-view para maiores de idade transformará todas as minhas "fantasias em realidade". Na lista telefônica, várias colunas de serviços de acompanhantes oferecem "amor longe de casa". Um volume atraente, em letras douradas, na gaveta do criado-mudo, acena: O Livro de Mórmom – O Outro Testamento de Jesus Cristo. Na televisão, um apresentador de programa de entrevistas discute o tópico do dia: "Como se dar bem fazendo sexo no escritório".
Vozes, algumas por prazer, outras por poder.
Algumas prometem aceitação, outras prometem carinho. Todas têm algo para oferecer.
Mesmo as vozes que Jesus ouviu prometiam algo.
"Quando a multidão viu o milagre que Jesus tinha feito, começou a dizer: `Com certeza este é o Profeta que devia vir ao mundo'. " [2]
Para um observador distante, essas são as vozes da vitória. Para o ouvido mal treinado, esses são sons do triunfo. O que poderia ser melhor? Cinco mil pessoas, mais mulheres e crianças proclamando ser Cristo "o Profeta". Milhares de vozes avolumando-se em um ruído de avivamento, em uma aclamação de adoração.
As pessoas tinham tudo que precisavam para uma revolução.
Tinham um inimigo: Herodes. Tinham um mártir: João Batista. Tinham liderança: os discípulos. Tinham muitos suprimentos: o multiplicador de pães. E eles tinham um rei: Jesus de Nazaré.
Por que esperar? A hora havia chegado. O reino de Israel seria restaurado. As pessoas tinham ouvido a voz de Deus.
— Rei Jesus — alguém proclamou. E a multidão repetia, concordando.
Um coro, aclamando poder, contagiava. Não precisavam de cruz, nem de sacrifício. Um exército de discípulos seguindo as pegadas de Jesus. Poder para mudar o mundo sem ter de morrer fazendo isso.
A vingança seria doce. Aquele que tomou a cabeça de João Batista está a apenas alguns metros de distância. Pergunto-me se ele alguma vez já sentiu uma lâmina fria roçar seu pescoço.
Sim, Jesus ouviu essas vozes. Ele ouviu a sedução. Entretanto, também ouviu mais alguém.
E quando Jesus o ouviu, ele o buscou:
"Sabendo Jesus que a multidão estava com a idéia de pegá-lo à força para fazê-lo rei, voltou sozinho para o monte. " [3]
Jesus preferiu estar sozinho com o verdadeiro Deus a ficar junto à multidão de pessoas equivocadas.
A lógica não disse a ele para despedir a multidão. A sabedoria convencional não lhe disse para virar as costas ao exército desejoso. Não, não era uma voz de fora que Jesus ouviu, era uma voz interior.
A marca de ovelha era o que lhe tornava capaz de ouvir a voz do Pastor.
"O vigia abre a porta para ele e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. " [4]
A marca de um discípulo é a sua capacidade de ouvir a voz do Mestre.
"Escutem, eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comerá comigo. " [5]
O mundo soca a mão na sua porta; Jesus apenas bate. As vozes gritam por sua adesão; Jesus mansamente pede. O mundo promete prazer rápido; Jesus promete um jantar tranqüilo... com Deus. "Entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comerá comigo".
Qual voz você escuta?
Deixe-me dizer algo importante. Não há um momento em que Jesus não esteja falando. Nenhum sequer. Não existe um lugar em que Jesus não esteja presente, nenhum sequer. Nunca haverá um quarto muito escuro... um saguão muito envolvente... um escritório muito sofisticado... que o terno Amigo, sempre marcando presença e que sempre nos acompanha, implacavelmente não esteja lá, batendo à porta dos nossos corações, com toda gentileza, esperando ser convidado a entrar.
Poucos ouvem essa voz. Um número ainda menor abre a porta.
Todavia, não interprete nossa insensibilidade como a ausência dele. Cercada de promessas evanescentes de prazer, está a promessa eterna de sua presença.
"E eu estarei com vocês todos os dias, até o fim dos tempos. " [6]"Eu nunca o deixarei; eu jamais o abandonarei." [7]
'
Não há qualquer outro coro que soe tão alto a ponto de não permitir que a voz de Deus seja ouvida... se decidirmos ouvi-la. É o que acontece nesse hotel.
Demorei alguns minutos para encontrá-la, mas encontrei. Não estava tão visível como o folheto do saguão ou o aviso do filme. Mas estava lá. Não era tão ornamentada como a bíblia dos Mórmons ou tão atraente como a propaganda de acompanhantes. Mas eu desistiria de todas essas mentiras de uma vez por todas, para ficar com a paz que encontrei nesse tesouro.
Uma Bíblia. Uma simples Bíblia deixada ali pelos Gideões. Gastei alguns minutos para encontrá-la, mas finalmente encontrei. E quando a vi, abri em uma das minhas passagens favoritas:
"Não se admirem disso, porque está chegando a hora em que todos os mortos ouvirão a sua voz e sairão dos túmulos. Aqueles que fizeram o bem, vão ressuscitar para a vida eterna. Mas aqueles que fizeram o mal, vão ressuscitar para ser condenados. " [8]
Interessante. Um dia virá em que todos ouvirão a voz dele. Haverá um dia em que todas as outras vozes serão silenciadas, e somente a voz dele será ouvida.
Alguns escutarão sua voz desde o primeiro instante. Não é que ele nunca tenha se pronunciado, mas é que eles nunca a ouviram. Para esses, a voz de Deus será a voz de um estranho. Eles a ouvirão uma vez e nunca mais. Vão passar a eternidade fugindo das vozes que seguiram na terra.
Mas os outros serão chamados de seus túmulos por uma voz familiar, pois são ovelhas que conhecem seu pastor, são servos que abriram a porta quando Jesus bateu.
Nesse dia, a porta se abrirá novamente. Somente dessa vez. E não será Jesus que entrará em nossa casa; seremos nós que entraremos na casa dele.



porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
Efésios 6:12
Pensamento: Já temos visto que Deus deu toda autoridade no céu e na terra a Jesus, e que toda autoridade aqui na terra não possui autoridade de fato, mas usa o poder “emprestado”, tendo a responsabilidade de buscar fazê-lo como Jesus o faria. Porém Paulo, na carta aos efésios, abre a cortina e nos deixa ver um pouco do mundo espiritual. Ele explica que nossos verdadeiros inimigos não são as pessoas com as quais temos problemas aqui na terra. Mas as forças espirituais do mal. Pelo que vemos, elas têm poder, autoridade e dominam o mundo das trevas. Quem não se submete à autoridade de Cristo, permanece sob este domínio, e é escravo dele, quer queira, quer não; quer tenha consciência disto, quer não. Jesus ainda dá a última palavra, mas o verdadeiro inimigo ainda peleja contra nós. À sua autoridade entretanto, não podemos nem devemos nos submeter, pois aquele que está em Cristo já pertence a outro Reino.
Oração: Deus Eterno, o céu, a terra e o mar estão cheios da sua glória. O senhor reina e é majestoso em poder. Ansiamos por aquele dia em que só O Senhor terá poder, em que não mais veremos a ação das forças espirituais do mal. Por favor, proteja-nos, seja nosso escudo. Afaste Satanás e seus servos de nós, à medida em que nos sujeitamos completamente ao Senhor. Perdoe-nos pelos nossos pecados, queremos fazer a sua vontade. Mantenha os seus anjos ao nosso redor e repreenda o maligno. No santo nome de Cristo. Amém.
Pedido Diário: Para que o povo veja as dificuldades como oportunidades de interceder pelas autoridades


Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer;
João 17:4
Pensamento: Uma das coisas mais impressionantes que Jesus já disse, ele o disse ao Seu Pai no Céu: “Eu completei a obra que o Senhor me deu para fazer…” De fato, quando ele respirou pela última vez, ele disse: “Está terminado.” Vivamos tendo a glória de Deus como nossa mais alta prioridade! Este é nosso propósito como filhos de Deus (Ef. 1:6, 12,14; 1 Pe 2:9-10). Quanto mais vivemos tendo o Reino como prioridade (Mt 6:33), mais tranqüilidade poderemos ter de que terminaremos nossas vidas com as mesmas palavras de Jesus!
Ora?o: Seja glorificado em mim, querido SENHOR! Use-me para trazer outros a conhecer o Senhor e a Sua graça. No nome de Jesus eu oro. Amém.


O Verdadeiro São João
de Dennis Downing

[Há quatro anos atrás este artigo foi publicado e foi um dos mais visitados da época. Colocamos novamente para a edificação dos leitores.]
Eu moro no nordeste. Para muitas pessoas aqui, Junho é o mês de São João. Maria, a mãe do nosso Senhor Jesus Cristo e Isabel eram parentes (Lc 1:36). Segundo a tradição, elas combinaram para que, quando o filho de Isabel nascesse, esta ascenderia uma fogueira para avisar a Maria. Daí surgiu a tradição das fogueiras na véspera de São João. O filho que nasceu a Isabel foi aquele conhecido como João Batista.
Hoje, curiosamente, devido à proximidade do feriado de São João com o de Corpus Christi, muitos resolvem “trocar” o feriado de Corpus Christi pelo de São João. Ou seja, ao invés de separar um dia para comemorar Corpus Christi, uma data designada para lembrar a instituição da eucaristia, comemoram uma data mais festiva, a de São João.
Alguns podem alegar com toda razão que nenhuma das datas consta nas Escrituras e portanto não devem ser nem reconhecidas. Mas, outros respeitam e separam um tempo especial para estes dias. Talvez nem devíamos ligar. Ou talvez poderíamos aproveitar a oportunidade para lembrarmos a nós mesmos e aos nossos próximos que, por trás de feriados e datas e nomes de santos, haviam personagens verídicos, com histórias de grande importância para nós hoje. O que será que o próprio João Batista, o “São João”, teria pensado? Como era o São João da Bíblia?
A missão de João foi prevista em profecia (Mt 3:3; Isa 40:3; Mal 3:1) e seu nascimento anunciado por um anjo (Lc 1:13-17). Ele era cheio do Espírito Santo desde antes que nasceu (Lc 1:15). Como adulto, João pregou com poder, sendo ouvido por multidões que se arrependeram e foram batizadas (Mc 1:4-5). O próprio Jesus pediu para ser batizado por João (Mt 3:13) e afirmou que “entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista” (Mt. 11:11).
Apesar de tudo isso, João reconheceu que por maior e mais importante que sua missão fosse, ele seria ultrapassado por Jesus. Ao se comparar pessoalmente a Jesus, ele afirmou “Convém que ele cresça e que eu diminua.”
João falou assim de Jesus:“Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.” Mc 1:7Quando Jesus quis ser batizado por João, João respondeu: “Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Mt 3:14...viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim.” João 1:29-30“Convém que ele cresça e que eu diminua. Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos” João 3:30-31
A profecia a respeito de João focalizou a coisa mais importante que ele seria e faria: “Voz do que clama no deserto”. João proclamou a vinda de Jesus. Ele anunciou a missão de Jesus. Ele não gastou seu tempo e energia falando de si ou de sua missão. Ele se concentrou naquele que era mais importante – Jesus. Alguém disse “João foi apenas uma voz, mas ainda podemos ouvir o som daquela voz ecoando pelos corredores dos séculos.”
O que aquela voz anunciou ainda precisa ser anunciado hoje. O mundo precisa ouvir ainda que Jesus é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, que há uma esperança e que a morte não é o fim das nossas vidas.
Nos anos ’50 o famoso evangelista W.E. Sangster descobriu que tinha uma doença incurável, que causava atrofia muscular progressiva. Seus músculos iriam aos poucos atrofiar e ele perderia sua voz. Sangster se entregou ao máximo no seu trabalho de missões domésticas na Inglaterra.
Mas, aos poucos sua voz acabou por completo. Tremendo, ele ainda conseguia segurar uma caneta. Na manhã de seu último domingo de páscoa, poucas semanas antes de falecer, ele escreveu um recado para sua filha.
Na mensagem ele escreveu, "É terrível acordar no domingo de Páscoa sem voz para proclamar "Ele ressuscitou!". Porém, mais terrível ainda seria ter uma voz e não ter nada para proclamar."

Ao lembrarmos “São João” nesta época do ano, podemos não ter muita eloqüência ou posição de destaque. Podemos estar apenas num lugar humilde e com poucos recursos. Mas, a maioria de nós temos tudo que João tinha – o conhecimento de quem é Jesus e o que Ele fez por nós – e uma voz para anunciar. Que sejamos fiéis naquilo que o Senhor nos deu e aonde ele nos colocou, vozes proclamando a Jesus Cristo, ainda que no deserto.

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